o 1.º dia do resto das nossas vidas

A três...

Ao contrário do que diz a barra não faltam 22 dias, a reserva para a "cegonha" é para muito, mesmo muito breve.

Está tudo pronto para receber o rapazote com pompa e circunstância.

E nervos há ? Não sei se lhe chamaria nervos. É como se fosse fazer uma coisa que anseio, mas não sei se estou preparada para o fazer.

Daqui a menos de uma semana saberei se custou muito.

Aulas de Preparação para o Parto

Nas últimas 9 semanas todas as 4.ªs feiras lá iamos os três às aulas de preparação para o parto.

Já tinha ouvido e lido algumas pessoas dizer que não tinham percebido a importância e assim sendo ia um bocadinho apreensiva.

Decorridas 8 aulas posso dizer que não achei nem teóricas a mais nem a menos, confesso até que deveriam ter maior duração ou quem sabe serem mais vezes por semana. Dismistifiquei uma série de dúvidas que tinha, não perdi o medo, mas sinto-me preparada para o parto seja ele de que forma fôr. Se calhar a Sofia, a fisioterapeuta que nos dá as aulas e a sua experiência de 20 anos de MAC a juntar a uma frontalidade fantástica ajudaram.

Fui um bocadinho baldas nos exercícios a fazer em casa, mas fui uma aluna atenta e até tirei apontamentos.

Hoje, parte integrante do curso e para as grávidas que assim o desejassem, houve visita guiada à
Maternidade Alfredo da Costa mais precisamente à ala de partos.

Ainda que o "hotel" do rapazote não seja a MAC, achei interessante fazer a visita onde fiquei a conhecer a famosa "Roda de Partos" que me pareceu bem confortável.

Fiquei muito bem impressionada, pelos vistos fomos num bom dia, a imagem que tinha na cabeça de uma sala de partos não era tão suave e não havia tão poucas coisas a atrapalhar a "Natureza", a mesa de instrumentos resumia-se a meia dúzia de coisas.

Tranquilizei a minha imaginação. Acho que agora estou mais calma em relação ao que vou encontrar.

Arrumações

Desde que nos foram entregar a mobília de quarto do rapazote, o Pedro entrou em stress e arrumar o escritório e a arrecadação quase virou obsessão.

Até aqui tudo bem, mas quando isso implica a presença de moi même e a meia bola "nívea", a coisa fica mais complicada.

Dividimos a tarefa em três fins de semana, entretanto lá andei eu a arquivar contas, diplomas de participação e fotografias de "D. Pedro", e finalmente o escritório/quarto está arrumado.

Acho que secretamente o Pedro quer causar boa impressão ao puto e incutir-lhe desde início a paranóia da arrumação (que a je não tem), por mim tudo bem, o problema é que as epopeias de arrumações me arrastam a mim também.

ok, eu saio já

Depois de umas semanas de repouso forçado, graças ao rapazote não gostar das minhas movimentações, o médico achou que me faria bem voltar ao trabalho.

"Desanuviar as ideias, distrair-se com outras coisas que não o bébé e a gravidez".

Isso pensava ele!

Senti-me alien, para além de responder o que fazia no local de trabalho já que faltava tão pouco tempo, as pessoas acham que vais rebentar a qualquer momento e portanto quase te sentes um fardo porque podem ter que carregar contigo para o hospital.

Confesso que a barriga grande e com aspecto de que vai rebentar tem o seu quê de cómico, mas não pensei que estar grávida em final de tempo fosse implicasse tamanha alteração de comportamento (ou serão as minhas hormonas a exagerar?).

Rebusquei na minha memória para ver se agi dessa forma com as grávidas anteriores no trabalho e a não ser que o meu neurónio me engane, acho que nunca o fiz, caso o tenha feito aqui fica o meu pedido de desculpas.

De qualquer forma resta fechar os assuntos pendentes no trabalho enquanto aguardamos a chegada do rapazote, que realmente todos têm razão está para muito breve.

Eu saio já...